quinta-feira, 29 de março de 2012

As perdas



Em menos de uma semana, o cenário da cultura brasileira sofreu perdas lastimáveis.
Todos ficamos com um sentimento profundo de impotência diante dos nossos destinos.
Isso mesmo, diante dessas perdas, não podemos voltar no tempo para saná-las ou desativá-las.
Temos, sim, que permanecer vivos com nossas lembranças e tentar melhorar a partir de todo o legado deixado por eles, como herança.
Na verdade, desde que nascemos, somos obrigados a conviver com as perdas.
A desconexão do cordão umbilical, e a primeira e dolorida respirada é uma experiência dramática de separação.
É quando perdemos e choramos pela primeira vez.
Durante a vida, nem sempre choramos as perdas, e nem todas as perdas são para sempre, mas as que ocorreram esta semana...
Existem perdas que são temporárias, mas, se pensarmos melhor, todas as perdas são temporárias.
Porque, quando deixarmos de ser o que somos, de nada terá valido nossas vidas, a não ser que deixemos, como eles deixaram, um legado, uma herança cultural.