Cada tic e tac que passa
É como se fosse um martelo de ferro
Arremessado com força e que acerta minha face.
Cada segundo no mundo
Com esse sentimento profundo,
E sem você por perto, é como se,
Numa piscina, estivesse no fundo
Com olhos e boca abertos
Sem o ar para respirar.
A dor não é no coração,
é na alma que dói a emoção,
De saber que você existe, que não está triste,
Que não está perto nem longe.
Te vejo mas não te ouço
Meus olhos e boca estão abertos,
Não consigo falar nem respirar.
Temo que o tempo passe,
E que nossas construções desabem.
O tic e o tac são implacáveis
Nos derrota a cada instante
Me amordaçam, me ensurdecem e me emudecem.
Tempo, sei que nada resiste a ti,
Mas, gostaria de fazer um pedido:
Uma Mac Oferta número três
Com batata grande e um suco,
De uva, pequeno.
Tem um texto do Rubem Alves, "Um caso de amor com a vida" que fala sobre o tempo. Lendo o seu lembrei de um trechinho do dele: "....o pêndulo do relógio oscila numa absoluta indiferença à vida."
ResponderExcluirO tic e o tac realmente são implacáveis, "vão comendo a gente e as coisas que a gente ama".
Beijo grande!