sábado, 4 de fevereiro de 2012

Ah o tempo...

Cada tic e tac que passa

É como se fosse um martelo de ferro

Arremessado com força e que acerta minha face.

Cada segundo no mundo

Com esse sentimento profundo,

E sem você por perto, é como se,

Numa piscina, estivesse no fundo

Com olhos e boca abertos

Sem o ar para respirar.

A dor não é no coração,

é na alma que dói a emoção,

De saber que você existe, que não está triste,

Que não está perto nem longe.

Te vejo mas não te ouço

Meus olhos e boca estão abertos,

Não consigo falar nem respirar.

Temo que o tempo passe,

E que nossas construções desabem.

O tic e o tac são implacáveis

Nos derrota a cada instante

Me amordaçam, me ensurdecem e me emudecem.

Tempo, sei que nada resiste a ti,

Mas, gostaria de fazer um pedido:

Uma Mac Oferta número três

Com batata grande e um suco,

De uva, pequeno.

Um comentário:

  1. Tem um texto do Rubem Alves, "Um caso de amor com a vida" que fala sobre o tempo. Lendo o seu lembrei de um trechinho do dele: "....o pêndulo do relógio oscila numa absoluta indiferença à vida."
    O tic e o tac realmente são implacáveis, "vão comendo a gente e as coisas que a gente ama".
    Beijo grande!

    ResponderExcluir