sábado, 17 de janeiro de 2009

Santa Ifigênia Rogai por nós.

Hoje, fui até a Santa Ifigênia, uma rua em São Paulo onde as lojas, quase todas, vendem material elétrico/eletrônico.
Essa rua é um universo especial para quem gosta de novas tecnologias.
Tudo o que é novidade no mercado é encontrado primeiro lá.
Aos finais de semana, principalmente, as pessoas não cabem nas calçadas, primeiro porque elas ficam cheias de camelôs e depois porque o volume de pessoas que aproveitam a manhã de sábado para fazer compras, é imenso.



Poucos sabem, mas nessa rua existe uma igreja, Nossa Senhora da Conceição de Santa Ifigênia.
Uma igreja escura, por fora e por dentro, onde encontrei a imagem da Nossa Senhora da Conceição de Santa Ifigênia.

De 1930 a 1954, esta Igreja funcionou como catedral provisória de São Paulo. Em 1958, foi elevada a categoria de Basílica Menor pelo Papa Pio XII.


Pela imagem que fiz da Santa Ifigênia, entendo que ela deve interceder, principalmente para os que necessitam de moradia.

Depois da igreja, para quem vai em direção ao centro de São Paulo, existe um viaduto, o viaduto Santa Ifigênia.
Hoje, nesse viaduto, muitas pessoas ganham a vida, vendendo brinquedos, mágicas, expondo algumas habilidades em troca de doações em dinheiro.
No meio desse pequeno exército de vendedores, encontrei o Sr. Luis, sentado em uma caixa de sanfona e tocando esse instrumento.
Aproximei e em uma conversa de cinco minutos, pude entender um pouco do universo do tocador de forró.
Veio para São Paulo com os pais e os irmãos e aqui ficou, sem nunca deixar de tocar.
Tocava em uma banda de forró e participava de vários eventos relacionados à sua terra natal, Pernambuco.
Enquanto seus irmãos constituíram família, ele também se casou, mas há pouco tempo, ficou viúvo.
Durante muito tempo, ele tocou nas ruas de São Paulo, mas teve problemas com o álcool, chegou a beber dois litros de pinga em uma noite, enquanto comia pé de frango, como ele disse, com farinha.
Disse que acabou enterrando muitos de seus amigos que não bebiam, mas se sentiu pressionado a “ se endireitar”, quando um amigo seu, cego, que tocava sanfona morreu.
Há um ano, parou de beber e decidiu juntar dinheiro a fim de voltar para Pernambuco.
O maior medo dele, é que em Pernambuco, não tem nenhum irmão, só tem tios e primos, por isso entende que tem que guardar o máximo que conseguir.Lá em Pernambuco, segundo o Sr. Luis, é mais fácil viver do forró.

Um comentário:

  1. Esta sendo muito bom ler seu blog, assim conheço um pouco mais das coisas que você gosta de fazer para se distrair, mas precisa blogar sempre.

    Beijos de uma pessoa que gosta muito de você.

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